Poesia quando cala deixa o coração pesado
A garganta se fecha pras palavras
E os sonhos, escravos do passado
Dissolvem-se no abismo de uma mente estéril
Não há ponteiros nos relógios
Nem mistérios do destino
O tempo passa em silêncio
E a gente nem sente a alma dormente (dormindo)
A boca parece que resseca
Não há saliva e consequentemente não há beijo
O peito se contrai, mas se trai
Assassina o romance com um “tanto faz”
As canções de amor parecem todas iguais
A tristeza se distrai com a transa
A saudade se acomoda como um hóspede
Mas a casa permanece vazia
As cortinas dos olhos se fecham para o sol
E até o céu já não é azul como antes
Mas ainda existe uma luz que entra pelas frestas das janelas
Que revela um amanhecer remoto
Pois mesmo do sono mais profundo
A alma um dia acorda
Poesia quando cala, transborda.
6 comentários:
Poesia quando cala, dói. Que a sua nunca se acanhe Naty. Bjão!
Quando a poesia se cala a vida perde o colorido.
Um beijo.
saudades de ler você
"A tristeza se distrai com a transa"
Seus versos são muito bons.
Comentários de blogs deveriam ter palmas. Já que não: 'clap, clap, clap' pra você. Perfeito!
;)
Muito bom! Os primeiros versos me encantaram
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